quarta-feira, dezembro 23, 2009

SÓ JESUS


Ao contrário do que dizem os desinformados e de má fé, os indícios históricos da existência de Cristo ganham cada vez mais elementos comprobatórios de origem arqueológica/documental. Não só isso, o que seria pouco, mas a grandeza de sua vida e de suas ações ganham mais importância diante das descobertas sobre o contexto em que viveu. Olhos que até recentemente faziam questão de ignorar seus feitos, agora reconhecem a amplitude e o vanguardismo de suas atitudes. Terry Eagleton, no  livro Jesus Cristo: os evangelhos, lançado pela Jorge Zahar Editores, faz a apresentação, onde constrói uma singular avaliação sobre o fato se Jesus foi ou não um Revoluncionário. Trate-se de um tetxo muito interessante, mas não inquestionável ou sem imprecisões. É valioso pela sua fecundidade e pelas provocações que traz. Alguns trechos, porém, são nítidas reproduções de interpretações judaicas já conhecidas, onde as razões da morte de Cristo são relativizadas. Mas, no todo, a apresentação é um texto valioso. Dentre tantas questões e inovadoras interpretações feitas por Eagleton, destaco essa:
“À semelhança do socialismo para Marx, o domínio da justiça é, a um só tempo, imanente ao presente e uma meta a ser atingida. Mas não pode haver transição suave do velho para o novo, à maneira do socialismo evolucionário. Dada a urgência e a severidade de nossa condição – aquilo a que os Evangelhos se referem como ‘o pecado do mundo’ -, alcançar uma ordem social justa envolve passar pela morte, pelo nada, pela turbulência e o autodespojamento. Este é o significado da descida de Cristo ao inferno depois de sua crucificação. A humanidade só pode ser refeita por meio de um encontro com o Real da destituição. E isso, ao fim e ao cabo, dado nosso estado patológico de auto-ilusão, só é possível pela graça de Deus.”
Faço, aos navegantes de primeira viagem, as seguintes observações:
Os Evangelhos foram escritos em período bem anterior à existência de Karl Marx (riso, não custa nada lembrar); faltou Eagleton dizer que Marx de forma copiosa monta o itinerário e os pontos culminantes do Manifesto Comunista aos moldes da Histórica Salvívica Cristã; Jesus, o Cristo, ao contrário de Marx, não descartou ou diminuiu as potencialidades do "lupemproletariado", mas os anunciou como os que possuem maior potencialmente de serem aceitos no Reino dos Céus; Jesus mesmo anunciando o Reino dos Céus e mandando dar a César o que é de César, deu de comer aos famintos, curou os enfermos, consolou os aflitos e os amou; Jesus, contrariou toda a mentalidade de sua época ao se aproximar e conviver com os mais discriminados e desvalorizados socialmente: fez chegar até Ele as crianças, as mulheres, os enfermos, as prostitutas, os miseráveis, os perseguidos etc. As Crianças eram totalmente desprestigiadas na sua época, taxa de mortalidade entre elas era altíssima. Jesus deu voz às mulheres e tiveram destaque como protagonistas de sua história: no nascimento, no ministério, na morte e na ressureição as mulheres estão testemunhando sua Glória. Basta ver o diálogo que Jesus tem com a samaritana,  é o mais longo diálogo Dele com alguém. Jesus abraçou os miseráveis e enfermos, os curou, comeu e dormiu entre eles. Proclamou a verdadeira, completa e perfeita perda de todos os grilhões: A vida Eterna! Não existem maiores radicalidades do que o convite a amar o irmão de forma incondicional e vencer a morte pela fé e pela esperança na Vida Eterna! Veja! O convite é para a Vida e não para morte! É um Deus de vivos e não de mortos!
Enfim, considero que o mais notável de tudo é a Santidade de Cristo. As comprovações da existência histórica de Jesus servem cada vez mais para revelar a sua Santidade. Que homem era esse capaz de tamanhas coisas?
LEITORES: FELIZ NATAL... PAZ, AMOR E LUZ!

domingo, dezembro 20, 2009

OS OUTROS HONORÁVEIS




FHC, em sucessivas tentativas fracassadas, tenta ganhar espaço e visibilidade no cenário político nacional. Como uma múmia tentando sair do sarcófago, o ex-presidente, ex-ministro e sociólogo busca uma fresta por onde passar e entrar em evidência novamente. Já tentou vários motes, fez ataques aos pronunciamentos do Presidente Lula, tentou desqualificar os avanços sociais no Governo Lula, tentou ligar a imagem do Presidente Lula ao autoritário Chávez, mas nada disso deu certo. Não teve eco e o povo ignorou os ataques ao seu Presidente.
Uma das mais patéticas aparições de FHC foi no Programa do Jô Soares. Na ocasião FHC riu e ironizou o que seria uma ignorância do Presidente Lula, por esse ter definindo a crise de “uma marolinha”. FHC, sem nenhum cuidado, disse que o Presidente Lula não sabia o que estava dizendo.
Por último às voltas e combinado com Caetano Veloso deflagrou outros ataques a Lula, mas, sem respaldo da credibilidade popular, o povo ignorou o que ele falou e repreendeu Caê (notório honorável da corte de ACM), até dona Canô ficou a favor de Lula.
FHC, um ego doentio, não desiste de querer ganhar visibilidade, agora se agarrou, tardiamente, no caso Estadão VS. Família Sarney (entrevista no Estadão de 20/12/2009). Só agora FHC viu que o Estadão está sendo censurado de forma prévio e que essa medida é vergonhosa e atenta contra a liberdade de expressão democrático e fere o princípio republicano de publicidade sobre as coisas públicas. Só agora viu que crime contra a coisa pública não é coisa de vida privada, íntima, mas questão pública e que deve ser tornada pública. Crime é crime. Estado de direito todos tem iguais direitos e deveres, assim mesmo é a regra para quem cometeu atos ilícitos.
Qual a verdadeira pretensão de FHC dessa vez? A liberdade de imprensa? Não! É mais uma vez atacar o governo Lula, pois atribui a censura ao Estadão como coisa do governo Lula. Vejamos: “ Fui presidente, ministro, a crítica sempre incomoda. Mas a função de quem está na mídia é criticar, e de quem está no governo é entender a função da mídia”. Ora, é nítido como ele liga “quem está no governo” com a censura imposta ao Estadão. Por que ele não disse: a Família Sarney?
E logo em seguida joga mais veneno: “Mas não pode, como agora, antes de qualquer coisa, dizer que você não pode entrar em tal matéria. Me parece absurdo”.
Covardemente omite o nome dos Sarney e fala de “como agora”, que traduzindo quer dizer no período do Governo Lula. O que é isso?
FHC, por falta de originalidade e flagante desgaste da sua imaginação sociológica, repete copiosamente a fórmula do seu algoz eleitoral Jânio Quadros. FHC simplesmente trocou ocultas por culturais para explicar a existência de terminados arquétipos da nossa vida política. Vejamos: “Que forças são essas?
Forças culturais. Isso vem da nossa cultura, que é formada numa visão onde a separação entre o público e o privado é confusa, onde o favoritismo, o clientelismo e o arbítrio permanecem como uma tendência. Aqui a ideia de quem pode pode, quem não pode se sacode é generalizada.” Por que não falou do mandonismo e deu nome aos mandões, que participaram ativamente em seus dois governos? Que covardia!!!
Enfim, FHC deixou a veia sociológica e enveredou pelo humorismo: “Infelizmente, dada a anestesia no Brasil, a reação é pequena. Deveria ter sido maior. Estamos vivendo um momento difícil porque vem junto com a expansão da economia. Como é o mercado que rege a sociedade no Brasil, infelizmente, o resto fica obscurecido. É uma pena. Espero que agora, com a eleição, a sociedade desperte um pouco mais.”
Só pode ser piada. FHC agora é anti-doutrina neoliberal, está criticando o mercantilização da vida!



segunda-feira, dezembro 14, 2009

Não basta ser pobre... TEM QUE SER HUMILHADO



As coisas aqui nunca estiveram tão velhas e viciadas em termos de práticas eleitoreiras. As ações de governo assumem uma forma nitidamente de personificação das ações, para que no fim o direito seja entendido e recebido como favor, dádiva. Mas isso não é tudo de nosso atraso. O mais grotesco é como as pessoas são posicionadas e submetidas para receber o “favor”. A imagem de cidadão de cidadão já é diluída desde o início do processo. È necessário que ele ouça e sinta que ele não tem nada e faça reverência aos senhores onipotentes. Comprimidos em calçadas e expostos gratuitamente ao sol, ao sereno e aos assaltos. Muito estão dormindo na frente dos postos de atendimento. Todo esse esforço recai sobre o segmento social com renda entre 0 a 3 salários mínimos.
O Programa Minha Casa, Minha Vida está escalonado por faixa de renda, da seguinte maneira (Geral – Brasil):

Renda até três salários mínimos - 400 mil casas
Renda entre três e quatro salários mínimos - 200 mil casas
Renda entre quatro e cinco salários mínimos - 100 mil casas
Renda entre cinco e seis salários mínimos - 100 mil casas
Renda entre seis e dez salários mínimos - 200 mil casas
Em São Luís, como já é sabido, o acesso à moradia digna é uma coisa rara à população de menor poder aquisitivo. O que está acontecendo passa pela equação oferta e demanda. A demanda reprimida é muito, muito, muito maior do que a oferta. A quantidade de unidades a serem construídas é um pouco mais de 15 mil unidades. A população adulta (ativa e produtiva) de São Luís, segundo o IBGE, 60% dos com ocupação remunerada ganham até dois salários mínimos. Agora... fica imagina o restante... da população...
Mas em termos de “governo” o que vale agora é alimentar a esperança e manter os milhares e milhares de inscritos como “súditos fiéis”. Depois são “outras coca-colas”!!!! Depois... é o depois: as eleições já passaram, tudo passou...







domingo, dezembro 06, 2009

GOVERNO OFF-ROAD

Qual seria o melhor carro para um governo efetivar suas ações na área mais deficitária (saúde) da gestão e da prestação do serviço público (ao povo)? Jipe TROLLER.
O estado mais pobre da federação não pode voltar ao trabalho majestosamente sem um carro de luxo e caro.O atual governo do Maranhão comprou e enviou para diversas cidades do interior do estado jipes Troller. Esse carro tem sido um sucesso no Rally Paris-Dakar, certamente vai ser um sucesso, um glamour nos rincões profundos desse estado imperial. DEFINITIVAMENTE... SAÚDE AQUI É UM LUXO!
Um Troller 2009 custa só (em média) R$ 77.660,00 (FIPE). Esse preço, porém, não é o praticado no mercado local !!!
O Troller é compatível? Sim. O seu preço é elevado e sua manutenção é caríssima. Portanto, é compatível com a mentalidade anti-republicana que vigora no seio do mandonismo. 
Tal fato só encontrou par no Ceará, onde o governo do estado comprou 40 jipes Troller. Porém, no Ceará, a imprensa, a população e os blogs independentes estão questionando o governador.
Se estivéssemos numa república democrática, com a accountability funcionando: controle mútuo e transparência por parte dos agentes estatais, alguém teria que justificar a compra desses carrinhos. Mas isso não pode existir onde o estatal não é público e o mando não é autoridade (poder legítimo), não é fundado na soberania da vontade popular. Quando um governo é dádiva das togas, o natural é não se sentir responsável perante o público e nem ver os negócios do Estado como coisas Públicas e submetido ao Público.
Onde cabe, na compra desses jipes Troller, os pricípios: da Razoabilidade, da Proibição do Excesso, da Proporcionalidade e da Eficiência?
Cabem todos no porta-malas do governo off-off-souveraineté!!!


 SEM PROPOSTAS - ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2022 O que tem movido os eleitores brasileiro diante das candidaturas à presidência da República este ...